A mãe zelosa de Marina
era um soldado.
Soldado de filha virgem.
Cuidado com Joaquim! Já
é homem feito.
Joaquim, do outro lado
da rua, ficava da janela a ver Marina nua.
Um safado esse Joaquim.
Não vê que a moça e
donzela?
Homem não presta.
Não levanta a vista. Não
passa na frente. Não rebola. Guarda a bunda.
Mas, Joaquim via, na
palidez da contra luz, Marina rebolar.
Joaquim sentia, Marina
sentia o sabor do gozo noite adentro.
Isso é pecado! Isso é
pecado!?
Acho que é.
Vamos passear pela
praça?
Não posso. Mamãe não
deixa. Homem não presta.
Por janelas soturnas as
noites foram se apagando.
Joaquim casou com
outra.
Marina ficou chulada.
Hoje vi Marina.
Estava sem bunda.
Sem praça.
Guardada.